terça-feira, 24 de abril de 2018



Paco, o bandoleiro que assolou a serra gaúcha
“O interesse pela vida de Paco ainda não esmoreceu, ao contrário, tem se ampliado, alimentando a curiosidade dos pesquisadores os quais procuram desvendar e analisar a trajetória deste mito que permanece vivo na memória dos habitantes da serra gaúcha. Ele parece que veio de um filme de “Far West”, saltando do pingo empinado.
Herói de capa e espada, de poncho e bacamarte, a sua sombra assola as povoações e as colônias por onde o Rio das Antas rola e rumoreja diante das vertigens verdes das serras, por cujos flancos se alcantilam os parreirais que tremem. Corre uma lenda que prestigia sua figura de caudilho e bandoleiro, intangível pelas balas dos que se defendem dos seus assaltos e pelas autoridades policiais que o procuram prender. A superstição popular o colocou em confabulações diabólicas e lhe deu o dom de intangibilidade, mercê da qual escapa das armadilhas que lhe são armadas.
E ele, que parece ter surgido de um cenário bárbaro, afronta meio mundo, como um ciclone destruidor e leva de vencida os obstáculos que lhe são opostos. Vai, pelas serras a pique, o poncho ao vento, a garrucha na mão, o olhar aceso em chama e sangue, deixando atrás de si a poeira que levanta nas estradas, o murmúrio de lágrimas e queixas, o tumulto de imprecações de revolta, traçando pelas serras a trilha das suas façanhas, escritas a ferro e a fogo”. (texto extraído da introdução do livro de Antônio Jesus Pfeil – O trágico fim do bandido Paco). 

Capa do Livro "O trágico fim do bandido Paco, subsídios para 
um roteiro cinematográfico". Canoas:Bortolini Edições, 1990.




O bandoleiro da serra gaúcha.

Francisco Sanchez Filho, conhecido como Paco, construiu a sua historia na serra do Nordeste do território gaúcho, usando a sua ligeireza no gatilho e a destreza no manejo da faca. Tornou-se um homem respeitado, o classificavam como um “bandido social”. Homem que tinha como norma de vida “roubar dos ricos e dar aos pobres”, mas defendiam os seus interesses pessoais.

São atribuídas a paco mais de 150 mortes, centenas de furtos e milhares de atos que demonstraram a sua preocupação com o bem-estar dos camponeses.
Em mais de duas décadas ele serviu como uma espécie de cabo eleitoral do hábil político Borges de Medeiros. Trazia os colonos de caminhão da roça para cotar nos candidatos borlistas nos plei
Família Sanchez
Desde que pisou no território gaúcho, a historia da família Sanchez foi marcada por fatos fortes. Francisco e Pilar Sanchez, pais de Paco, chegaram e se estabeleceram no interior de Bento Gonçalves cercados de mistérios.
Dona Pilar era uma mulher de sangue nobre que teria fugido para casar com Francisco, um homem trabalhador e rústico. A fama de Paco deixou a historia dos seus pais em segundo plano, Paco e sua esposa, Maria, tiveram dez filhos. Mas falam que ele teve mais de 15 com outras mulheres.
Atualmente, da parte dos descendentes de Paco há uma espécie de trato a respeito da historia dele: querem esquecer. Um de seus filhos inclusive já impediu, via justiça, que fosse realizado um filme sobre a sua vida.
Mas dificilmente terão sucesso em parar as pessoas interessadas em especular a vida de paco. A sua historia real esta correndo risco de se misturar com lendas. Algumas das cavernas de Rio das Antas, onde ele se escondia da Policia, hoje são atrações turísticas. O prédio do Hotel Campagnoli, em Nova Roma onde jogava cartas e se meteu em muitas brigas no inicio do século, ainda existe como Casa da Cultura.
Paco, o bandoleiro: tempos de muitas lutas.
Homem rápido no gatilho e hábil no uso da faca enfrentou-se em tiroteios com a polícia, ajudou políticos a ganharem eleições, duelou com seus inimigos e envolveu-se com belas mulheres. São creditados ele mais de 150 mortes, inúmeros roubos e fugas espetaculares das autoridades.
Foi morto em uma emboscada em 1931, no interior de Veranópolis, com 280 tiros.
Paco foi um herói ou um bandido?
Para os historiadores e contemporâneos da sua época ele foi um sobrevivente daqueles tempos onde tudo era difícil “tempos de lutas”.

Primeira família de Paco
Maria Facchin Sanches depois da morte do marido, nunca mais se casou. Morreu em outubro de 1980, aos oitenta e sete anos.
Ramon, o filho mais velho de paco, trabalhou como agricultor. Casou duas veses e teve quinze filhos. Até morrer, em Passo Fundo, em 1998, aos oitenta e sete anos, sofreu com pesadelos das torturas da policia na adolescência.
José, o segundo filho, reside em Bento Gonçalves. Casou duas vezes tem sete filhos. Aos oitenta e seis anos, mora com a segunda mulher, Lídia.
João, o terceiro filho, trabalhou como caminhoneiro e vendedor de frutas. Morreu em 1997, em Bento Gonçalves, aos oitenta anos. E teve oito filhos.
Carmelina, a quarta filha de Paco, casou-se com um agricultor em Veranópolis, com quem teve nove filhos. Ficou viúva e faleceu em 1996, aos setenta e sete anos.
Angelina, a quinta filha de Paco, tem, tem oitenta anos e reside nas proximidades do local aonde o pai foi morto. Seu marido faleceu em 1995.
Antonina, a sexta filha, hoje mãe de dez filhos, ficou viúva aos trinta e oito anos. Aos setenta e seis anos, reside em Mato Grosso.
Victorio, o sétimo filho, saiu de casa para morar em Rio Pardo. Casou-se aos cinquenta anos e teve dois filhos. Morreu em 1998, aos setenta e dois anos.
Antônio, oitavo filho, trabalhou como pedreiro. Pai de dois filhos morreu de câncer em 1986, aos sessenta anos, em Bento Gonçalves.
Hermínio, o nono filho, morou com a mãe durante vinte e nove anos. Aos setenta e dois anos, reside em Bento Gonçalves, tem cinco filhos e nove netos.
Josephina, a caçula, começou a caminhar quando tinha oito anos, devido a problemas de saúde ocasionando pelas torturas da polícia. Tem setenta anos e reside em Bento Gonçalves.

Segunda família de Paco
Olímpia Frattini, a segunda mulher de Paco, foi morar em Nova Prata depois da morte do marido. Casou-se novamente. Em 1959, abastecia um lampião quando provocou um incêndio, queimando-se gravemente. Faleceu dias depois em um hospital, aos cinquenta e quatro anos.
Luiz, o primeiro filho de Paco com Olímpia, tem setenta e sete anos e dez filhos. Reside em São Luiz Gonzaga, na região das Missões.
Aquiles, o segundo filho, serviu ao Exército e depois trabalhou como caminhoneiro. Faleceu em 1980, de câncer. Deixou quatro filhos.
Arlindo, o caçula tem setenta e dois anos. É casado, tem quatro filhos e reside em Nova Prata. Aposentou-se como caminhoneiro e, de todos descendentes, é o que mais se parece fisicamente com o pai.

Terceira família de Paco
Paco ainda deixou outros três filhos com outra mulher, identificados apenas como Tereza. São os únicos descendentes diretos de Francisco Sanches filho que não assinam o seu sobrenome. Até hoje o paradeiro deles é desconhecido.





sexta-feira, 20 de abril de 2018



Honório Lemes da Silva,

O Leão do Caverá


Dia 13 deste mês de abril o jornal semanário canoense “O timoneiro” divulgou mais um artigo do meu amigo Olegar Lopes, responsável pela coluna “Agenda Tradicionalista”. Desta feita Olegar trouxe mais um tema importante da nossa história político/militar, o caudilhismo. Os caudilhos eram indivíduos influentes em uma determinada região e até em todo o Estado. Geralmente estancieiros ou fazendeiros. Nem todos os caudilhos eram homens ricos. Também na Argentina e Uruguai o caudilhismo teve grande influência nos rumos da política e nas revoluções internas ou guerras de fronteiras.
Aproveito o momento para divulgar um resumo do texto que venho desenvolvendo sobre o grande caudilho Honório Lemes, o “Leão do Caverá”, título que lhe foi dado em função do grande conhecimento que tinha da Serra do Caverá, situada entre os municípios de Rosário do Sul e Alegrete.
Estive há pouco tempo na cidade de Rosário do Sul, onde estão sepultados os restos mortais de Honório Lemes.
Honório Lemes nasceu em Cachoeira do Sul em 23 de setembro de 1864 e morreu em Santana do Livramento em 30 de setembro de 1930. Ingressou como simples soldado nas fileiras revolucionárias, chegando ao posto de coronel, mais tarde, o de general. Sem grandes posses materiais e com pouca instrução, participou da Revolução Federalista de 1893 a 1895, voltou às armas, desta feita contra Borges de Medeiros, outro caudilho, liderando os maragatos na região oeste do Estado do Rio Grande do Sul, tendo como base a Serra do Caverá, que foi o santuário do caudilho, e justamente apelidado de “O Leão do Caverá” e “Tropeiro da Liberdade”.
Em 1924, apoiou a sublevação tenentista nos quartéis do exército no interior do Rio Grande do Sul, entre eles a da guarnição de Santo Ângelo, liderada por Luís Carlos Prestes. O Tropeiro da Liberdade, Honório Lemes, em sua poesia “O Testamento”, escreveu a certa altura: “Se pretendem me entregar a minha cortante espada podem dar ao camarada General Flores da Cunha que me pegou quase a unha e não quis me fazer nada.”
“Em todos os partidos há homens bons e maus. Os bons são em maior número, mas os maus são mais audaciosos e por isso andam sempre na frente, sendo necessário cortar-lhes a ação...”.
Honório Lemes terminou seus dias como posteiro na Estância Santa Ambrozina, em Rosário do Sul. Quando sentiu-se doente foi levado para o distrito de Pampeiro, em Livramento, para a residência de seu sogro Fulgêncio Silveira, onde veio morrer. Seu corpo foi levado para sepultamento em Rosário do Sul, cidade onde residiu por muito tempo.
Honório Lemes, chefe militar da Revolução de 1923


Honório Lemes e seus oficiais, 1923

Chefe do Estado-Maior Libertador,
 General Honório Lemes, em Dom Pedrito, 1923


Da esquerda - Mena Barreto, Batista Luzardo, 
Leonel da Rocha, ´Honório Lemes, Assis Brazil, Cel. Setembrino de Carvalho,
 Pinheiro Machado, Gal. Zeca Netto, Gal. Felipe Portinho e Estácio Azambuja  


Honório Lemes


Honório Lemes com grupo de oficiais


Honório Lemes, Zeca Netto, Estácio Azambuja, Felipe Portinho, entre outros

Honório Lemes da Silva

Placa no monumento a Honório Lemes, em Rosário do Sul, RS

Monumento a Honório Lemes em Rosário do Sul, RS



Capa do livro - Honório Lemes, um líder carismático

sábado, 14 de abril de 2018




ALDO CHIAPPE


Parecem fotografias, tal a perfeição de detalhes deste artista plástico argentino.
Aldo Chiappe, es un artista cuya obra gira en torno a la naturaleza, el campo y los gauchos de su tierra. Las vastas extensiones de la Pampa argentina y la vida solitaria de jinetes y troperos, así como los animales que pueblan paisaje, plasmados con cuidado detalle, demostrando una aguda observación y profundo conocimiento del entorno. 



















BOLEADEIRAS
Entre tantos outros temas ligados ao gaúcho, que divulguei pela internet, ofereço mais este aos amigos. Meu interesse é fazer conhecida e vulgarizada nossa rica cultura terrunha.
Há mais de 12.000 anos chegaram os primeiros povos indígenas ao território pampeano e aqui construíram suas habitações e seus instrumentos  para suprir a alimentação, que era a base de coleta de frutas, raízes, peixes e todo tipo de caça. Para tanto, desenvolveram instrumentos que facilitaram a vida difícil daqueles tempos imemoriais.  Pontas de projéteis que constituíam os dardos, lanças e flechas, e também as boleadeiras. Eram bolas redondas ou ovóides, lisas ou com um sulco, ou ainda, com pontas. Os pampeanos usaram dois tipos bem diferentes de boleadeiras, de uma e duas bolas. A de três bolas foi construída pelos primeiros gaúchos. A boleadeira, uma espécie de funda, foi também uma arma muito utilizada pelo gaúcho para caçar nas grandes pradarias do pampa Riograndense, Uruguai e Argentina. A boleadeira é composta de bolas metálicas ou pedras arredondadas amarradas entre si por cordas tendo em cada uma das extremidades uma das bolas.

Lançadas girando sobre si, elas vão ao encontro do alvo, geralmente as pernas de um animal quadrúpede, que leva um tombo na hora, ficando imobilizado. Usada normalmente na captura do gado na campanha, as boleadeiras também foram mais tarde utilizadas na guerra.

A boleadeira é a herança que as tribos da região do Plata deixaram aos gaúchos. Arma característica dos índios Guaranis, Charruas, Minuanos e outros que viviam nos pampas, quando aqui chegaram os primeiros europeus. Entre todos os utensílios de caça e/ou armas utilizados pelos gaúchos, nenhum é mais característico e mais peculiar que a boleadeira.

Os espanhóis, e os europeus em geral, desconheciam totalmente o uso da boleadeira ao iniciar a conquista do continente americano.




TRÊS MARIAS - Jayme Caetano Braun

 Velha relíquia gaúcha, De pedras acolheradas, Três chinocas encapadas, Que rasgando um mundo novo, Perpetuaram no retovo, E nas cordas resistentes, As três raças diferentes, Que formaram nosso povo.
Retovada em couro bruto, Nas tabas e tolderias, Nascestes das correrias, De charruas e minuanos, Até que os rudes paisanos, Aprenderam a manejar-te, Te fizeram nobre parte, Dos apetrechos pampeanos. 
Daí  seguiste andarenga, A evolução campesina, Nas lutas da Cisplatina, Nas invasões espanholas, Onde caudilhos pacholas, No fragor das tropelias, Te chamaram Três Marias, Boleadeiras ou par de bolas.
Diz a lenda- que um cacique, Ao voltar de uma peleia, Vendo perto a lua cheia, Que se destapava inteira, Na ingenuidade  campeira, Da superstição charrua, Resolveu domar a lua E atirou-lhe a boleadeira.
Desde então- no céu do pago, Daquelas pedras bravias, Surgiram as Três Marias, No meio dum fogaréu,  tropereando a lo léo, Sempre no rastro da lua, A boleadeira charrua, Nunca mais voltou do céu. 
Essa é a lenda – Mas a história, Desse traste de galpão, É a da própria tradição, Das três pátrias campechanas, As três Querências Hermanas, Traços do mesmo debuxo, Que moldaram o gaúcho, Nas pampas americanas. 
Boleadeira de uma pedra, E mais adeante, de duas, Três Marias dos Charruas, Dos andejos e teatinos, Riograndenses e Platinos, Centauros da mesma glória, Que amanheceram, na história, Boleando os mesmos destinos.
Boleadeira do Rio Grande, Que recebemos de herança, Volto aos tempos de criança, E até lágrimas enxugo,
Tropeio- Aparto- Refugo, Na sombra do arvoredo, Onde conheci o segredo, Das três pedras de sabugo. 
Muitas vezes te larguei. Saindo meio de enfiada, No rei pastor da manada, Bem sobre o meio da cruz, Ou num lombo de avestruz. Desses que sai corcoveando, Pra rodar se desasando, Num campo de tacurus.
Mas hoje- eu compreendo, ao ver-te, Dependurada num gancho, Olhando a porta do rancho, E ouvindo o berro dos bois, Que já não temos depois, Chegamos ao fim da lida: -Boleamos tanto na vida e a vida boleou nós dois.
Foto do acervo de Dari Simi

Índios charruas levados a Paris em 1823.
Desenho de Paul Rivet

Boleando ñandus (emas). 
Aquarela de A. Durand, 1866.



Índios charruas civilizados, peões. 
De Jean Baptiste Debret















domingo, 8 de abril de 2018



CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE HUGO SIMÕES LAGRANHA




Quadro no Museu Municipal
 Hugo Simões Lagranha



Pesquisa de Dari José Simi  em 8.4.2018 


No dia 9 de abril de 2018 Canoas comemora o centenário de nascimento de um dos seus mais ilustres prefeitos, Hugo Simões Lagranha. Não podíamos deixar passar em branco essa data sem fazermos uma alusão ao evento, divulgando uma síntese biográfica de Lagranha.
Nasceu no dia 9 de abril do ano de 1918 no Município de Alegrete, RS, e faleceu em Porto Alegre no dia 15 de abril de 2005, quando já completara 88 anos de idade.  Eram seus pais  João José Lagranha e  Lucília Simões Lagranha.
Seus primeiros anos de estudos foram completados na sua cidade natal do Alegrete. Em Porto Alegre freqüentou o Colégio Militar, onde concluiu os cursos de formação militar e o de topografia. Fez, ainda, um curso Pré-Jurídico e outro de Contabilidade. Em 1965 fez um curso de administrador.
Iniciou suas atividades profissionais em 1941, quando passou no concurso para fiscal do IVC, hoje ICMS.
Mas é na política que Lagranha se realiza, passando grande parte de sua vida exercendo cargos administrativos. Em 1956 foi vice-prefeito de Canoas, na gestão de Sezefredo Azambuja Vieira, até o ano de 1959. De 1964 a 1967  Lagranha exerceu o cargo de prefeito de Canoas, tendo sido eleito pela coligação PSD,PL,PRP e UDN, com prorrogação até 1968, ano em que foi nomeado prefeito municipal de Canoas, pelo governador do Estado, Walter Peracchi Barcellos, até o ano de 1971. Era o período da ditadura militar no Brasil e Canoas passou a ser área de segurança nacional.  Lagranha passou, ainda,  por um período, a partir de 1973, na Câmara de Vereadores de Canoas. Em 26 de julho de 1983, por ato do governador Jair Soares, foi novamente nomeado e empossado prefeito municipal de Canoas e, em 12 de novembro de 1984, é exonerado pelo mesmo governador.
Em 15 de novembro de 1988, Lagranha volta a ser eleito prefeito municipal de Canoas, pela coligação PDT e PSDB, pela expressiva soma de 64.809 votos. Exerce o mandato de 1 de janeiro de 1989 até 31 de dezembro de 1992.  O novo prefeito eleito foi Liberty Conter, que o nomeia secretário de Obras Públicas.
Nas eleições de 1994, Lagranha concorre ao cargo de Deputado Federal pelo PTB, tendo sido eleito por 71.599 votos. Exerce o cargo de 1 de janeiro de 1995 até 31 de dezembro de 1996, quando renuncia para concorrer às eleições de prefeito de Canoas e foi eleito com 85.000 votos. Este foi o 5º e último mandato de prefeito de Lagranha.
Exerceu também diversas atividades de gerência ou assistência administrativa em muitas empresas de Canoas e cidades vizinhas. Teve expressiva atuação em clubes e entidades assistenciais de Canoas. Foi presidente do Hospital Nossa Senhora das Graças de 1946 a 1962.

O ano de nascimento de Lagranha foi 1918 
e não 1917 como consta no cartaz.

Lagranha entrega premiação. Foto de 1968

Inauguração da Escola Estadual João XXII, em 26.6.1970, 
com o governador Peracchi Barcelos.

Inauguração da E.E. André Leão Puente, em 26.6.1970, 
com o governador Peracchi Barcellos.

Lagranha entrega livros no Grupo Escolar Canoas, em 1969.

Lagranha entrega livros no Grupo Escolar Castelo Branco, 
Bairro Igara, em 1969.

Livros - História de Nossos Prefeitos - Série Documento, volumes 7 e 8. 
Participei da pesquisa e elaboração dos dois períodos 
 históricos e dos atos do prefeito Lagranha .

Livro de Miriam Kinczel de Oliveira